Debatedores pedem maior representação da sociedade na mídia

Programas deveriam produzir conteúdos que promovam a cidadania, com informações sobre direitos humanos, defendem participantes.

Autoridades e cidadãos pediram mais representação e participação da sociedade nos meios de comunicação pública. “É preciso que a sociedade enxergue nos veículos de comunicação pública não o governo, mas ela mesma, com todas as suas contradições”, afirmou o secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, Mario Borgneth.


Ele defendeu um modelo com mais canais de participação da sociedade e com a utilização das novas tecnologias para essa colaboração do público.

O assunto foi discutido nesta sexta-feira (14) no Fórum de Comunicação Pública, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O evento é organizado pela Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão (FrenteCom).

Segundo Borgneth, a inovação deve estar presente nos veículos de comunicação pública, ainda mais do que nos veículos privados. Borgneth também pediu prioridade para a programação voltada para as crianças e a juventude nos veículos públicos, o que, segundo ele, não vem ocorrendo hoje.

Além disso, defendeu o fortalecimento dos meios estatais de comunicação, para que os governos não façam uso dos veículos públicos, pertencentes à sociedade, para se comunicar.

Críticas dos cidadãos

Vários cidadãos se manifestaram, durante os debates, criticando a programação da TV Cultura, a falta de representação da sociedade no veículo e a interferência no governo do estado de São Paulo no canal público.

A diretora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Renata Mielli, disse que a programação dos meios públicos deve promover a diversidade e a defesa dos direitos humanos, fazendo o contraponto da programação dos meios privados - o que nem sempre acontece atualmente.

Mielli criticou, por exemplo, o fato de a TV Cultura transmitir o programa de jornalismo TV Folha, mantido por um grupo privado de mídia.

“A sociedade precisa ser refletida na comunicação pública”, defendeu também a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti. Ela pediu mais mecanismos de participação da sociedade nos veículos de comunicação pública, por meio de conselhos e promoção de mais debates.

Da Redação em Brasília - Portal Vermelho
Com Agência Câmara