Preço de guarda-sol em praias brasileiras dispara no verão

Em algumas praias do litoral Brasileiro foram avaliados os preços cobrados do lugar à sombra
Nas praias do Brasil, o verão ferve. E o preço de um lugarzinho à sombra, em algumas, entrou em ebulição. Abuso!

Sombreiro, barraca, guarda-sol. O nome desse objeto que nos protege dos raios solares varia pelo Brasil, mas a voz da praia é a mesma na hora de reclamar dos preços cobrados por um pedacinho de sombra.

No Recife, a família da professora Ivanize Alves de Almeida teve que se espremer. Ela pagou R$ 10 para não ficar no sol e mais R$ 10 por cada cadeira. Ela ainda disse que o dono da barraca fez venda casada com outros produtos. “Eu falei para ele que eu não bebo. Ele falou: ‘tem que consumir’”, conta.

Para os comerciantes da praia, o preço é justo. “Compra cadeira cara, compra sombreiro, tem a reforma das cadeiras, de modo que a gente cobra caro”, justifica o barraqueiro.

Na praia de Capão de Canoa, no Rio Grande do Sul, alguns modelos maiores saem por R$ 15. Modelos do mesmo tamanho estão à disposição dos turistas em Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro. Só que o preço...

Jaqueline Lopes, jornalista: A gente pechinchou e conseguiu por R$ 40.
Repórter: Ele queria cobrar R$ 50 no total?
Jaqueline: Queria sim, queria.
Em uma mesma praia, o aluguel pode variar de R$ 6 a R$ 15. Um grupo preferiu comprar.
Será que vale a pena todo esse esforço para garantir um lugar à sombra?

Fomos à praia fazer um teste. Trouxemos um termômetro e testamos na areia, debaixo de sol, que marcou pouco mais de 32°C. Na sombra de uma barraca, o termômetro já começou a cair, marcando 31°C. Ou seja, um grau de diferença entre o sol e a sombra.

E não é só a temperatura. Esse meteorologista alerta: a diferença entre a sombra e o sol é menor do que parece. “Radiação difusa. O sol bate na areia e a areia reflete difusamente essa radiação. Então, é uma ilusão você estar embaixo da barraca e achar que não está se queimando. É importante se proteger. Sem a barraca é pior”, explica Lúcio de Souza, meteorologista do Inmet.

Um grupo improvisou uma barraca com cangas de praia. E com uma única ideia, conseguiu proteger a pele e o bolso também. “De repente quando, a gente for embora, a gente aluga”, brinca uma mulher

Fonte:  G1