Décio Pignatari tinha 85 anos e estava internado desde a última sexta-feira. |
Morreu na manhã deste domingo, 2, o poeta e ensaísta Décio
Pignatari. Ele morreu às 9h no Hospital Universitário da USP (HU), de
acordo com a assessoria de imprensa da instituição. Nascido em Jundiaí,
em 20 de agosto 1927, Pignatari estava internado desde a última
sexta-feira, 30. Ele tinha Alzheimer e morreu de insuficiência
respiratória e pneumonia aspirativa, como informou o HU.
Pignatari ficou conhecido na década de 1950 por sua participação no
movimento concretista. Filho de imigrantes italianos, além de poeta
e ensaísta, foi tradutor, romancista, publicitário e professor,
contista, dramaturgo. Em 1949, publicou seus primeiros poemas na Revista Brasileira de Poesia.
Lançou seu primeiro livro de poemas, Carrossel, em 1950, e, dois anos depois, começou a editar a revista-livro Noigandres, que levava o mesmo nome do grupo que fundou com os irmãos Augusto (1931) e Haroldo (1929 - 2003) de Campos, também poetas.
Pignatari se envolveu também com a teoria da comunicação: em 1969,
foi um dos fundadores da Associação Internacional de Semiótica (AIS), e
em 1975, da Associação Brasileira de Semiótica (ABS).
"Décio Pignatari foi um dos artistas mais revolucionários e um dos
pensadores mais incisivos que o Brasil já teve", disse no Twitter o
diretor da Casa das Rosas, Frederico Barbosa.
A informação sobre a morte do poeta circulou mais cedo nas redes
sociais e foi confirmada às 19h30 pelo HU. Na Wikipedia, a página sobre o
poeta foi atualizada no fim da tarde com a informação sobre a morte do
poeta. Segundo a rádio CBN, o enterro acontecerá amanhã, no cemitério do
Morumbi, às 12h.
Agência Estado
Agência Estado