
Brasília, Ministério da Justiça
Como parte da campanha, dois filmes de animação em toy
art serão veiculados por emissoras de TV públicas, privadas e em salas
de cinema, além da circulação na internet. Os filmes tratam sobre os
temas drogas e violência e mostram como as crianças tendem a repetir o que veem na televisão. Os vídeos estão disponíveis também no site http://portal.mj.gov.br/classificacao e http://blog.justica.gov.br/.
De
acordo com o Painel Nacional de Televisores do Ibope 2007, as crianças
brasileiras entre quatro e 11 anos de idade passam, em média quatro
horas e 50 minutos por dia em frente à TV. Estudos mostram que as
crianças estão propensas a imitar o que assistem em filmes, desenhos,
novelas e não distinguem ficção e realidade. Daí a importância de se
oferecer ferramentas para que a família faça a escolha sobre o que
assistir ou não.
Os critérios da classificação são estabelecidos a
partir de pesquisas e de um amplo debate e tem como base a Constituição
Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Muito diferente do
trabalho de censura realizado no período da ditadura, ela apenas orienta
o público sobre o conteúdo de programas de TV, filmes, DVDs, jogos
eletrônicos e jogos de interpretação (RPG), informando as faixas etárias
a que não se recomendam. Não há proibição de veiculação nem
interferência no conteúdo do que é exibido.
Como funciona
As
emissoras de TV enviam ao Ministério da Justiça sua autoclassificação,
que pode ser aprovada ou não. Caso a autoclassificação esteja de acordo
com os conteúdos exibidos é confirmada em até 60 dias. Do contrário, a
obra é reclassificada. A concordância entre a classificação pedida pela
emissora e a atribuída pelo ministério é superior a 90% – fato que
revela harmonia, entendimento e cumprimento da normatização da
classificação indicativa. Em 2011, de todo o monitoramento feito nas TVs
abertas em 5.485 obras, foram enviadas apenas 48 advertências às
emissoras. E no ano de 2010, foram somente 29.
Pesquisa realizada
pelo Microbank em 2008, em 2.462 lares mostrou que 51% usam a
classificação indicativa e 52% dos pais estão preocupados ou muito
preocupados com o que crianças e adolescentes assistem na televisão.
Cerca de 48% das crianças e adolescentes obedecem as restrições dos
pais quanto a programação televisiva e 45% disseram cumprir
parcialmente. Apenas 4% afirmam desobedecer.
As emissoras também
têm cumprido a política de classificação indicativa e já existe, na TV
aberta, 100% de exposição dos símbolos da classificação indicativa
MJ - 19.03.2012
MJ - 19.03.2012