Ilustração: Marcela Briotto |
Um seminário com o tema “Educadores: Educados ou não? provocou a reflexão dos profissionais da educação sobre a atuação em sala de
aula e as principais dificuldades. O evento buscou despertar a consciência de pais, professores e escola.
Por Silviane Mannrich - Correio Lageano - 07.12.12
Para o palestrante, Clécio Carlos Gomes , bacharel em Psicologia,
especializado em Psicopatologia, Psicologia Clínica e em Terapia Sexual
pela Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH), o
processo de educação no Brasil é um “conto de fadas”. Existem políticas
públicas que são louváveis, porém ineficazes, os professores são mal
preparados tanto no processo pedagógico quanto no fator ensino/educação.
“Com a lei da inclusão, é necessário usar diferentes métodos
pedagógicos, porém o professor não é capacitado para realizar esse
processo”, afirma Clécio.
O professor também se depara com problemas como o uso de álcool, drogas e a sexualidade precoce. No entanto, o que mais preocupa é o bullying, que para o especialista nada mais é do que a falta de educação. “A educação tem que vir de casa. Os pais educam e os professores ensinam. A maioria dos pais não colabora e ainda potencializa algumas atitudes negativas dos filhos. É necessário que professor, escola e pais trabalhem juntos para a educação dos alunos”, ressalta o palestrante.
Para ele é um obstáculo a ser superado, pois é um reflexo social, e um grande contingente de estudantes está chegando na graduação e no mercado de trabalho mal preparado. “É preciso realizar um movimento para mudar essa situação, entre escola professores e pais. Os pais têm que exercer a sua responsabilidade de educar seus filhos e não serem negligentes, pois delegam suas responsabilidades para a escola, o videogame e a internet”, salienta Clécio.
O professor também se depara com problemas como o uso de álcool, drogas e a sexualidade precoce. No entanto, o que mais preocupa é o bullying, que para o especialista nada mais é do que a falta de educação. “A educação tem que vir de casa. Os pais educam e os professores ensinam. A maioria dos pais não colabora e ainda potencializa algumas atitudes negativas dos filhos. É necessário que professor, escola e pais trabalhem juntos para a educação dos alunos”, ressalta o palestrante.
Para ele é um obstáculo a ser superado, pois é um reflexo social, e um grande contingente de estudantes está chegando na graduação e no mercado de trabalho mal preparado. “É preciso realizar um movimento para mudar essa situação, entre escola professores e pais. Os pais têm que exercer a sua responsabilidade de educar seus filhos e não serem negligentes, pois delegam suas responsabilidades para a escola, o videogame e a internet”, salienta Clécio.
Ainda de acordo com o palestrante, o professor, isoladamente, precisa provocar algumas mudanças. “Buscar a formação adequada, o autodesenvolvimento e a responsabilidade social enquanto educador. As pessoas mudaram e alguns professores continuam aplicando a mesma receita”, conclui.
“Muito se fala que a educação é a mola propulsora de uma sociedade melhor, de uma vivência melhor, é necessário ver a educação de uma forma mais complexa. Educar é o caminho para todas as conquistas e para o sucesso”, lembra a coordenadora do Lendo e Relendo, Edite Moraes.
Maior dificuldade é a parceria entre pais e professores
Professora há 10 anos, Carmen Godoi diz que os pais estão deixando a desejar. “Os professores não têm apoio, mandamos as tarefas e os alunos não fazem, não há cobrança dos pais, muitos adolescentes já têm filhos e não sabem nem escrever direito. Fazemos o nosso papel, mas há necessidade de os pais motivarem seus filhos”, afirma a educadora.
Professora também há 10 anos, Silvia Ferreira Lins tem a mesma reclamação. “Os pais cobram da gente, mas não cobram de seus filhos, não temos o retorno. Quando passamos uma tarefa é a continuidade do que damos em sala de aula. Muitos pais são inertes e parece que têm medo dos filhos”, fala a professora.
Para o professor da escola do Rosário, Reno Vicente, a escola é um espaço para a construção de conhecimento e não um albergue de alunos. “A educação no Brasil é uma vergonha no cenário mundial. Pensar a escola sem pensar no perfil dos gestores é apostar no fracasso. Os desafios dos professores são cotidianos, trabalhamos com alunos que têm ausência de valores e sem referências na família. Muitas vezes, não conseguimos gerenciar nossa própria vida, precisamos de apoio psicológico. Como vamos encantar se já estamos desmotivados e desencantados?”, questiona Reno.
Do Seminário “Educadores: Educados ou não?