Por Luis Nassif - Portal GGN
Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, foi acusado pelo réu delator da Lava Jato, Julio Camargo, de ter pedido cerca de 5 milhões de dólares em propina, dinheiro que seria usado para campanha eleitoral, segundo informações do Estadão. O jornal O Globo, por sua vez, afirmou que o valor negociado seria 10 milhões de reais.
“Fui bastante apreensivo (ao encontro do parlamentar no Leblon,
Rio). O deputado Eduardo Cunha é conhecido como uma pessoa agressiva,
mas confesso que comigo foi extremamente amistoso, dizendo que ele não
tinha nada pessoal contra mim, mas que havia um débito meu com o
Fernando do qual ele era merecedor de 5 milhões de dólares”, afirmou
Camargo. “E isso estava atrapalhando, porque estava em véspera de
campanha, se não me engano uma campanha municipal e que ele tinha uma
série de compromissos e que eu vinha alongando esse pagamento há
bastante tempo e que ele não tinha mais condição de aguardar", escreveu o
Estadão.
O consultor Julio Camargo prestou depoimento, divulgado nesta quinta-feira (16), na presença do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitina, Paraná. Segundo o delator, Cunha pediu o pagamento para viabilizar um contrato de navios-sonda com a Petrobras.
O consultor Julio Camargo prestou depoimento, divulgado nesta quinta-feira (16), na presença do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitina, Paraná. Segundo o delator, Cunha pediu o pagamento para viabilizar um contrato de navios-sonda com a Petrobras.
Advogados presentes no interrogatório relataram Camargo afirmou que Cunha prometeu dividir o dinheiro entre ele e o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, operador do PMDB no esquema da Petrobras.