O músico britânico Morrissey, ex-Smiths, durante apresentação de sua turnê no Brasil, em 2012, em São Paulo |
O cantor Morrissey, ex-líder do The Smiths, escreveu um artigo para o site "The Daily Beast" no qual comenta a morte de Margaret Thatcher. Para o músico, ela foi "um terror sem um átomo de humanidade".
Primeira mulher escolhida a ocupar o cargo de primeiro-ministro no Reino
Unido --por três mandatos consecutivos, entre 1979 e 1990--, Thatcher
morreu nesta segunda-feira (8) aos 87 anos, após sofrer um derrame.
"Tudo que ela fazia era carregado de negatividade", acusou Morrissey.
"Ela acabou com a indústria manufatureira britânica, ela odiava os
mineiros, ela odiava as artes, ela odiava os que lutavam pela liberdade
da Irlanda do Norte e permitiu que eles morressem, ela odiava os pobres
da Inglaterra e nunca fez nada para ajudá-los, ela odiava o Greenpeace e
os ativistas ambientais, ela foi a única líder europeia que foi contra a
proibição do comércio de marfim, ela não tinha perspicácia nem calor
humano e seu próprio gabinete a expulsou."
Morrissey é conhecido por defender os direitos dos animais e sempre foi
desafeto declarado da primeira-ministra. Os Smiths viveram seu auge
durante a década de 1980 --justamente o período em que Thatcher governou
o Reino Unido.
O músico chegou a escrever uma canção chamada "Margaret on the
Guillotine" (em português, Margaret na guilhotina), cuja letra
perguntava à premiê repetidas vezes: "quando você vai morrer?"
A música fez parte de seu primeiro disco solo, "Viva Hate", de 1988.
Para Morrissey, Thatcher odiava as feministas, "mesmo sendo devido a
elas que o povo britânico se permitiu aceitar que uma mulher poderia ser
premiê".
Segundo ele, graças a ela, "jamais haverá outra mulher no poder no Reino Unido".
"Em vez de abrir essa porta para outras mulheres, ela fechou", disparou.
Fonte: Folha
Vídeo - Morrisey - Margareth on the guillotine
Fonte: Folha
Vídeo - Morrisey - Margareth on the guillotine